A rede pública de saúde poderá contar em breve, com vacina para combater doenças sexualmente transmissíveis, em especifico a vacina que evita o HPV. Um grupo foi criado pelo Ministério da Saúde, para discutir como será feita a imunização. Em Brasília, alunas de uma escola receberam as doses.
O HPV é a sigla em inglês para o papiloma vírus humano. Em algum momento da vida mais da metade das mulheres têm contato com o vírus, mas não necessariamente desenvolvem a doença.
O HPV gera lesões nos órgãos genitais masculino e feminino. Nas mulheres se instala no colo do útero causando feridas. Somente o exame ginecológico pode confirmar a presença dessas lesões. “É importante fazer papa Nicolau periodicamente, pois, quando houver algum tipo de lesão pelo HPV será suspeitada pelo exame, em seguida outros exames são realizados, como o colpos copia para visualizar melhor o colo e biopsia” explica a médica Lúcia Buchalla Bagarelli.
Em todo país estima-se que mais de 680 mil pessoas por ano são contaminadas com o vírus. O HPV é o principal causador do câncer de colo do útero. Em São José do Rio Preto(SP), nos últimos cinco anos, o número de pessoas contaminadas com o vírus aumentou quase 150%. No ano passado foram registrados 179 novos casos.
O vírus pode ser transmitido principalmente pela relação sexual, mas também pelo contato direto com a pele infectada por roupas e toalhas compartilhadas. “Pedimos para pessoa se auto examinar, na hora do banho verificar se apareceu algo diferente no corpo, principalmente nas regiões intimas, no caso de HPV, verrugas. As vezes, elas podem estar escondidas internamente, além do autoexame a pessoa deve procurar um médico, ao menos uma vez no ano” orienta gerente do programa DST/AIDS, Aracelis de Castro.
Atualmente existem duas vacinas preventivas disponibilizadas apenas na rede particular de saúde. “Temos a vacina para prevenção de colo de útero, e temos a quadrivalente que tem abrangência maior”, finaliza a médica.
Em setembro do ano passado, o senado aprovou um projeto de lei que prevê que meninas de 9 a 13 anos tenham o direito de receber de graça a vacina na rede pública de ensino. Mas, o texto ainda está sendo analisado pela câmara dos deputados.
